Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo
“Amigo” é um sorriso
De boca em boca
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão! (…)
“Amigo” é o contrário de inimigo!
“Amigo” é o erro corrigido
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
“Amigo” é a solidão derrotada!
“Amigo” é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
“Amigo” vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O’Neill, No Reino da Dinamarcaterça feira de manhã, ao acordar, descobri-me na cama aconchegada por um casal de gatos. Kyikoo. Amora. Julguei-me num sonho; mas na verdade, acho que tinha acabado de acordar. Talvez tenha começado outro acto, uma mudança de personagens e de cenários, e segue o teatrinho estrada fora, um teatro à antiga, puxado por fortes bois ou dromedários.
Afinal ainda há nómadas, ainda há quem faça viagens por estradas de pó de estrelas dispersadas em abismos, numa carruagem-teatro de marionetas e fantoches.
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